Identificando o nível de consciência nas organizações

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Ao descrevermos o contexto histórico das formas de trabalho nas organizações, observamos que as relações de gestão e, principalmente o comportamento e visão das pessoas dentro delas mudou bastante, referindo-se aos modelos hierárquicos que impactam decisivamente a tomada de decisão e os resultados nas empresas.

No decorrer de décadas de estudo e experimentações, novos métodos surgiram e foram adotados e aplicados pela alta gestão no intuito de maximizar os resultados mas, à medida que o tempo passava e os mercados se integravam cada vez mais, era necessário repensar toda a cadeia produtiva.

Os inúmeros experimentos de desenvolvimento em escolas do pensamento estratégico horizontais, em suas épocas, moldaram cenários, que qualificaram os modelos organizacionais que funcionavam bem para aquela situação específica, mas, comparando as empresas exponenciais atuais, podemos avaliar que muita coisa mudou evidentemente.

Os grupos sociais do pensamento subjetivo, mesmo sem organização lógica da otimização das tarefas e matriz hierárquica, onde tudo se originou, tiveram sua importância histórica desde o começo da civilização, até chegarmos a escola do pensamento científico e, a sociedade contemporânea que se notabiliza pelo avanço científico e tecnológico.

Atualmente, os estágios de desenvolvimento organizacional e suas fases de aplicação e valores definidos, tem evoluído para um modelo onde a participação das pessoas em todo o processo é crucial para o êxito dos negócios.

Mesmo assim, ainda existem empresas que adotam modelos considerados defasados nos moldes atuais, contudo, elas ainda obtêm resultados representativos que mantêm sua continuidade.

Não há nada inerentemente “melhor” em estar num nível mais alto de desenvolvimento, da mesma forma que um adolescente não é “melhor” do que uma criança pequena. Entretanto, a verdade é que um adolescente pode fazer mais porque ele ou ela podem pensar de forma mais sofisticada do que uma criança pequena. Qualquer nível de desenvolvimento está bom; a questão é se esse nível de desenvolvimento está adequado à tarefa que temos nas mãos.

Nick Petrie

Citação extraída do livro Reinventando as Organizações de Frederic Laloux

Nota-se um distanciamento no que é praticado hoje no mercado, comparando-se aos métodos evolutivos e de autogestão com o cliente e as pessoas no centro.

Estes estágios presentes em cada empresa e vigente do ponto de vista social, torna imperativo uma adaptação e desenvolvimento das Softs Skills onde, o cenário ideal é o pensamento evolutivo.

Inclusive, é a minha concepção mais eficaz para uma organização adotar em face do uso da tecnologia e seus benefícios bem como, as constantes alterações da gestão do trabalho, a participação cada vez mais estratégica das pessoas no processo decisório e sua ampliação geográfica.

Apesar da visão racional e comportamental do propósito do indivíduo como agente decisor, boa parte das organizações, aplicam a gestão pluralista, o que pode ser conceituado como um modelo em transformação, sendo mais aceitável do que os modelos anteriores.

O que demonstra claramente, fazendo uma analogia a teoria da evolução das espécies, que a mudança e adaptação são imperativas, ainda mais se aplicarmos as características da transformação digital na alteração estrutural nas organizações.

Este movimento que busca estabelecer novos caminhos dentro das organizações, tem propensão a conceituar um novo marco para criar soluções mais aprimoradas para seus consumidores, assim, devem ser aplicadas incessantemente, contudo, de maneira escalonada onde a revisão sistemática dos processos deve conter bastante esmero desta forma, é possível contribuir e construir um ambiente empresarial mais isonômico.

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